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“Boas histórias merecem ser contadas para novas gerações, seja na exibição de originais, como na criação de novas versões”
Por Elmo Francfort
Diretor do MBRTV – Museu Brasileiro de Rádio e Televisão
REPRISES &
REMAKES
REVIVENDO MEMÓRIAS E CONECTANDO GERAÇÕES:
O SUCESSO DAS REPRISES E DOS REMAKES NO BRASIL.
Na contemporaneidade televisiva brasileira, duas questões fundamentais marcam os estudos sobre o fenômeno das reprises e remakes: a perpetuação de boas histórias e a adaptação às demandas diante dos contextos sociais.
Para compreender o papel das reprises e remakes na TV brasileira, é essencial reconhecer que boas histórias merecem ser contadas e revisitadas ao longo do tempo. Assim como os clássicos literários que atravessam séculos, as produções televisivas que marcaram época possuem um valor atemporal. Nesse sentido, as reprises e remakes não apenas preservam essas narrativas para as novas gerações, mas também as revitalizam, adaptando-as às sensibilidades e expectativas do público no atual momento do mundo.
Boas histórias merecem continuar sendo contadas. A sociedade mudou muito, e em tempos de modernidade líquida, o resgate da nostalgia traz um elemento tangível em uma era tão efêmera. Ela desempenha um papel significativo na popularidade das reprises e remakes, pois é uma espécie de porto seguro. É resgate, saudade, vontade de reviver o que é bom.
Sucesso de 1988, Vale Tudo será um dos próximos remakes da TV Globo a ser exibido em horário nobre.
Estudos sobre as Reprises e Remakes
Estudos recentes sobre o comportamento do público televisivo destacam a importância das reprises e remakes como estratégias de engajamento e fidelização de audiência. Pesquisas realizadas por instituições como a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (IBOPE) revelam que programas reprisados frequentemente apresentam índices de audiência tão altos quanto os programas inéditos.
Além disso, análises de mercado indicam que a venda de formatos por temporada, aplicada em produções que vão desde seriados até realities, tem se mostrado uma estratégia lucrativa para as emissoras de TV. Essa diversificação na oferta de conteúdo reforça a relevância das reprises e remakes como parte integrante da programação televisiva contemporânea.
O Futuro da TV Brasileira
Diante da multiplicidade de desafios e oportunidades apresentados pelas reprises e remakes, uma coisa é certa: a televisão continuará a ser um reflexo dinâmico da sociedade. À medida que navegamos por um mar de nostalgia e inovação, é essencial reconhecer o valor das histórias e personagens que nos conectam e inspiram, tanto no passado quanto no presente.
A nostalgia pode ser uma âncora que nos mantém ligados ao nosso passado, mas também é uma bússola que nos orienta e prepara para o futuro.
Tony Ramos e Raul Cortez em Baila Comigo, 1981.
Fonte: MBRTV
MAIS DO QUE UM LIVRO,
UM CURSO RÁPIDO SOBRE A TV!
A palavra pressa é o particípio passado, em latim, do verbo premere (apertar). Assim, pode-se dizer que A História da Televisão Brasileira para Quem Tem Pressa se propõe a contar uma das maiores sagas do século 20 (e deste início do 21) para quem precisa apertar o passo ou está apertado de tempo. E quem não está?
Em 200 páginas, contextualizado com cada momento histórico, e escrito em linguagem clara e acessível, Francfort traça um panorama da TV – linguagem que há mais de sete décadas fascina diariamente os brasileiros. Vai dos televisores de tubo às produções hoje assistidas pelo celular, nos quatro cantos do país… e no exterior.
A obra passeia com desenvoltura pelos principais acontecimentos que marcaram a trajetória dessa paixão nacional, responsável por transmitir, a longas distâncias, imagens que transformaram a História do nosso país.
O passeio começa pelos anseios dos povos antigos pela reprodução imagética, passando por inventores, a criação da TV no mundo e o panorama de como foi recebida no Brasil.
No decorrer da obra, a implantação da pioneira TV Tupi, a evolução das emissoras, a criação de ídolos populares, a chegada do videoteipe, do satélite, das cores e da alta definição, com interatividade e streaming, além de outros temas e curiosidades sobre a nossa televisão.
Só não explica que loucura é essa que nos faz tão apaixonados pela telinha.
Para isso, seria necessário outro livro… ou novela. Aí sim, sem pressa.
@elmofrancfort
@elmofrancfort
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